A seção AREIA do livro PQNA VOLTA vai sendo moldada junto.
Aqui falamos muito de saudade. Esse cafezinho matutino. Essa senda perfumada. Esses extremos chamando extremos, na distância. Esses pés cheios de lama, cheios de estrada. Essa delonga de tempo que toma tanto espaço no peito do sambista - daí nasce o contra-tempo, talvez.
A PQNA VOLTA recebe mais um poema saudoso com um sorriso que não cabe na América. Vindo do outro lado do Atlântico, Fairo Flávio estuda engenharia no Rio há algum tempo. De Luanda, Angola, pra cá, somam-se muitas águas salgadas - as que se surfam e as que se sofre.
Do perto desse distante, a PQNA VOLTA apresenta o poema sincero de Fairo. E agradece com um abraço banguela.
Hasta siempre,
Lucas Milani
AREIA
Poema de Fairo Flávio
O aperto da
saudade e a fúria da tristeza
Vêm revelar a
imensidão da tua beleza
Nesse lugar
estranho
Sou uma presa
fácil da solidão
E do pranto
que afeta o meu coração
Com essa sua
frustrada rebelião
Por não poder
tocar a tua mão
Sem poder
beijar os teus lábios
E sentir o
caloroso apertar do teu corpo
Sendo atraído
pelo meu
Refletindo o
enorme desejo de te ter
Por um
instante,
Por uma hora,
por uma noite
Ou até que a
morte nos separe!
"Tenho saudades de Angola..." Sem (nunca) ter estado lá.
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