E mais versos expirados trazendo a inspiração de quem esteve junto, deitando
fora o de dentro. Devolvendo, transformado pela sensibilidade de um olhar incisivo,
em observação agudíssima, de bulir cachorro, todo o máximo de espaço num tempo
mínimo.
Zamorano, o homem por trás das lentes, que é um dos comparsas das
tramoias da PQNA VOLTA, que esteve junto no caminho fazendo firulas com a
câmera, deitando as imagens que temos (e que ainda não postamos em sítio algum,
por inércia preguiçosa, talvez) divide com a gente palavras de quem vê o que
olha. De quem repara.
Chega de enrolação (que é costume, já que é um tipo de volta também, não?!) e vamos cantar
junto essa espécie de hino latino-americano composto por Zamorano.
Braços espaçados pra todos.
Hasta siempre,
Lucas Milani
AREIA
Poema de Danilo Zamorano
Um só um
Sou mexicano, maia, salvadoreño.
Sou uruguaio, inca, porteño.
Sou equatoriano,
asteca, brasileño.
Sou colombiano, tupi, campesino.
Sou hondureño, guarani, clandestino.
Soy viajero, loco y sin destino.
Não tenho teto, uma só
língua ou identidade.
Com sangue, suor e
liberdade.
Sou latinoamérica, integração e
saudade!